XXI domingo do Tempo Comum
A porta da salvação exige esforço, mas não só. Ela tem um dono que a pode abrir e fechar. Para entrar é importante conhecer o dono, ter intimidade, uma boa relação com Ele. A salvação é uma questão de relação. Relação que se inicia já, aqui e agora, com o Senhor Jesus e que deve tornar-se comunhão para sempre. O esforço exigido ao crente é pois a saudável inquietude de quem não tem nada garantido - quanto à salvação - pela pertença eclesial ou pela frequência dos sacramentos (comer e beber na presença do Senhor pode também aludir à eucaristia).
O juízo do Senhor desfaz as certezas e as convicções humanas assim como altera posições: quem acreditava estar próximo d'Ele (v. 26) é apresentado como desconhecido; outros que estavam distantes e não O conheciam tornam-se seus comensais no banquete do Reino (vv. 28-29). Os primeiros tornam-se os últimos e os últimos os primeiros (v. 30). Há uma exigência na relação com o Senhor: a humildade, o último lugar, a não presunção de si e a não reivindicação.
A imagem do banquete escatológico espalha para todo o mundo o que Jesus viveu na Judeia e na Galileia quando partilhou a sua mesa com publicanos e pecadores e quando a sua prática de humanidade demonstrava o que é uma vida redentora e de salvação; uma vida humanamente plena e dedicada ao amor, uma vida obediente na alegria e na vontade de Deus, uma vida capaz de amar a terra e os homens e de servir na liberdade e por amor a Deus, o Pai.
Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero
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